Partner Voice Com Fred Santoro – Head de Startups da Amazon Web Services Brasil

Oferecer os melhores produtos e serviços de tecnologia em um mercado tão dinâmico como o que temos hoje não é uma missão simples.

É preciso disponibilizar uma variedade interminável de soluções, resolver os problemas de compatibilidade de códigos, que muitas vezes deixam os clientes de “mão amarradas”, e apresentar um custo acessível.

Foi com o objetivo de resolver esses e outros desafios que  a Amazon Web Services (AWS) se tornou a empresa líder absoluta no mercado de nuvem mundial.

A AWS cria soluções que inovam o mercado de cloud computing desde 2006. Quando falo em “inovação” estou me referindo ao principal propósito dos profissionais que atuam em várias frentes da marca, principalmente na área de produtos. Todos os anos, o time da AWS disponibiliza diversas aplicações com foco nas necessidades do mercado. Não por outra razão, alguns dos seus clientes são empresas que conseguiram mudar radicalmente o formato de consumo de produtos e serviços, como por exemplo a Netflix, iFood e Nubank. As startups também se beneficiam das soluções AWS, principalmente por atender uma demanda de elasticidade de recursos proveniente da dinâmica natural de desenvolvimento dos negócios.

Laís Lima, Business Development Manager da Webera, bateu um papo com o Head de Startups da Amazon Web Services Brasil, Fred Santoro, para saber mais sobre o mercado atual de tecnologia em nuvem. Durante a conversa foram abordados temas como a importância das soluções AWS para o crescimento das startups, os impactos da pandemia na área de tecnologia das empresas e outros assuntos.

Confira aqui a entrevista completa.

Como a pandemia afetou o mercado de cloud para a AWS?

Não apenas o Mercado de Cloud, mas o mundo inteiro foi fortemente afetado pela pandemia de diferentes formas. O contraste que podemos perceber é que, por sermos pioneiros no mercado Cloud e por nunca termos parado de evoluir a tecnologia desde o momento em que o serviço foi lançado, tivemos as ferramentas necessárias para apoiar nossos clientes e fazer com que eles fizessem o mesmo com os clientes deles.”

Um dos pontos que corrobora essa visão, é a elasticidade. Por trabalharmos com nossos clientes em nuvem, possibilitamos a sustentação de acordo com a necessidade. Tornamos possível o controle dos custos de acordo com o uso e, assim, maximizamos os resultados. Tivemos clientes que precisaram de uma demanda maior de consumo, e devido à nossa infraestrutura, foi possível ele escalar e crescer o negócio… assim como tive clientes que o impacto causado pela pandemia no negócio foi significativo e a utilização dele caiu, assim como seus custos também. Ou seja: estamos preparados para comportar o cenário que o cliente nos trouxer, sendo ele de crescimento ou contração, vivendo o conceito pay as you go e nos adaptando à realidade vivida dentro de cada negócio. 

Diversos setores que trabalham com a AWS, como delivery, streaming e empresas que precisaram criar grandes arquiteturas para absorver o aumento de demanda causado pela pandemia, recorreram a AWS por termos algo único que não se compra com investimento, que é a experiência. Posso trazer dois exemplos para a mesa. Netflix é um deles. A gigante do streaming teve um aumento significativo de novos assinantes durante a pandemia e seus clientes não tiveram sua experiência prejudicada por conta desse volume maior. Estávamos prontos para absorver o aumento e proporcionar a mesma qualidade de sempre para os clientes do nosso cliente, fazendo com que o negócio continuasse expandindo de acordo com a necessidade. Outro grande exemplo é no mercado de delivery, que teve um aumento de 94,67% em relação ao mesmo período do ano passado, entre janeiro e maio, e temos o iFood em destaque, que está all in em AWS e atende dezenas de milhões de pedidos ao mês. Com o poder de escalabilidade que a AWS proporciona, o iFood pôde acompanhar o crescimento da demanda, aliando ganhos e custos e entregando a mesma experiência de uso para o usuário, independente do volume consumido.

Mas é importante enfatizar que mesmo a AWS estando preparada para absorver esse aumento de demanda, a empresa continuará investindo para garantir a experiência da sua base de clientes.

Reforçando o investimento contínuo, a AWS anunciou em comunicado recente um investimento de R$ 1 bilhão em data centers no Brasil e continuamos contratando durante a pandemia no país.

A inovação da AWS tem como ponto de partida as necessidades do cliente.

Qual a relevância dessa estrutura para as startups?

A Amazon Web Services (AWS) é a plataforma de nuvem mais adotada e abrangente do mundo, oferecendo mais de 175 serviços completos de datacenters. Milhões de clientes, incluindo as startups de crescimento mais rápido, estão usando a AWS para reduzirem seus custos, ficarem mais ágeis e inovarem mais rapidamente.

A AWS oferece uma quantidade maior de serviços – e mais recursos com esses serviços – do que qualquer outro provedor de nuvem: de tecnologias de infraestrutura, como computação, armazenamento e bancos de dados, a tecnologias emergentes como machine learning e inteligência artificial, data lakes, analytics e Internet das Coisas. Com isso, é mais rápido, mas fácil e mais econômico mover seus aplicativos para a nuvem e construir praticamente qualquer coisa que você possa imaginar. Posso citar o Mercado Livre como um dos clientes que utiliza com precisão os serviços da AWS. O Amazon DynamoDB está no centro da estrutura usada para o processamento transacional de dados do Mercado Livre, que atende 151,5 milhões de usuários registrados em 16 países, 15 deles na América Latina, e Portugal, com a vantagem de extrair dados relevantes de todas as suas operações. E o desafio é grande: só em 2015, foram 36,8 milhões de artigos vendidos, mais de 3 milhões por mês, em média. Todas essas transações são rastreadas e analisadas com a ajuda dos produtos AWS.

A AWS também tem a funcionalidade mais aprofundada nesses serviços, tendo sido eleita, por exemplo, pelo décimo ano consecutivo como a melhor prestadora de infraestrutura como um serviço, de acordo com a GARTNER.  Um exemplo de serviço, é a mais ampla gama de bancos de dados especialmente criados para os diversos tipos de aplicativos. Com o background de funcionalidades, você pode escolher a ferramenta certa para o trabalho, ao melhor custo e com a melhor performance.

Além disso, disponibilizamos para nossos clientes programas de conexão entre empresas com o objetivo de alavancá-las, e, também, temos um ecossistema completo de parceiros à disposição para apoiar em necessidades técnicas e de negócios, prestando serviços de consultoria complementares de acordo com a necessidade apresentada por nossos clientes.

O posicionamento da Amazon no Brasil e LATAM é diferente do adotado nos EUA?

Não, a empresa tem atuação Global e trabalha foco no cliente, atendendo as necessidades com pensamento de longo prazo. Temos, inclusive, 14 princípios que são públicos e nos guiam globalmente. São eles:

1. Obsessão pelo cliente

O ponto de partida dos líderes é o cliente. Eles trabalham com determinação para conquistar e manter sua confiança. Líderes estão atentos à concorrência, mas sua obsessão é pelos clientes.

2. Mentalidade de dono

Líderes agem como donos do negócio. Eles pensam longe e não sacrificam valores de longo prazo por resultados imediatos. Tomam atitudes em nome de toda a empresa, e não apenas do próprio time. Líderes nunca dizem “este não é o meu trabalho”.

3. Inventar e simplificar

Líderes esperam e exigem inovação e invenção de seus times, sempre encontrando formas de simplificar. Atentos ao mundo lá fora, buscam novas ideias em toda parte, sem usar a desculpa do “não foi inventado aqui”. Como estamos sempre inovando, sabemos que podemos ficar incompreendidos por muito tempo.

4. Estar certo, e muito

Líderes estão certos, e muito. Eles têm bom senso e instinto aguçado. Buscam perspectivas diversas e estão dispostos a abrir mão das próprias crenças.

5. Aprender e ser curioso

Líderes nunca param de aprender e buscam se aprimorar sempre. São curiosos por novas possibilidades e as exploram.

6. Contratar e desenvolver os melhores

Líderes elevam o nível de desempenho na empresa a cada contratação e promoção. Eles reconhecem talentos excepcionais e encorajam a sua mobilidade na empresa. Líderes formam líderes e levam a sério o seu papel de coach. Trabalhamos pelos nossos times para criar mecanismos de desenvolvimento, como o programa “Escolha de carreira”.

7. Insistir nos mais altos padrões

Líderes são incansáveis na busca dos padrões mais altos. Muitas pessoas podem até achar que esses padrões são irreais. Eles esperam cada vez mais de seus times. Juntos, disponibilizam produtos, serviços e processos de alta qualidade. Líderes não permitem que problemas sejam ignorados. Eles asseguram sua resolução de uma vez por todas.

8. Pensar grande

Pensar pequeno é se contentar com pouco. Líderes criam e comunicam uma direção arrojada que inspire resultados. Eles pensam de um jeito diferente e buscam soluções inovadoras para atender os clientes.

9. Ter iniciativa

A velocidade importa nos negócios. Muitas decisões e ações são reversíveis e não precisam de análise aprofundada. Nós valorizamos a tomada de decisão com risco calculado.

10. Frugalidade

Fazer mais com menos. Limitações estimulam a engenhosidade, a autossuficiência e a invenção. Não se ganham pontos extras por aumentar o número de empregados, o orçamento ou as despesas fixas.

11. Ganhar a confiança

Líderes ouvem com atenção, falam com sinceridade e tratam os outros com respeito. Eles fazem autocríticas abertamente, mesmo que isso seja incômodo ou constrangedor. Líderes sabem que nem eles nem seus times são perfeitos. Eles se comparam aos melhores.

12. Mergulhar fundo

Líderes operam em todos os níveis, estão atentos aos detalhes, monitoram o tempo todo e desconfiam quando as percepções não refletem as métricas. Nenhuma tarefa é pequena demais para eles.

13. Ser firme, discordar e se comprometer

Líderes são obrigados a desafiar respeitosamente as decisões das quais discordam, mesmo que isso seja incômodo ou muito cansativo. Líderes têm convicção e são obstinados. Eles não cedem em prol da coesão social. Depois que uma decisão é tomada, comprometem-se por inteiro.

14. Entregar resultados

Levando em conta os elementos principais do negócio, líderes trabalham para entregá-los com qualidade e em tempo hábil. Contratempos acontecem, mas os líderes se superam e nunca se acomodam.

 

Nos próximos anos, as aplicações em nuvem deverão ter grande protagonismo na produtividade das empresas. 

Quais foram os principais diferenciais da AWS na revolução da Nuvem?

A AWS é a pioneira na computação em nuvem e está construindo desde 2006 uma infraestrutura e portfólio que permite aos nossos clientes inovarem com segurança e rapidez. Os clientes perceberam que a cultura da AWS é bem diferente.

Somos extremamente focados no cliente ao contrário da maioria das grandes empresas de tecnologia que se concentra nos concorrentes observando o que estão fazendo e tentando superá-los. Isso pode ser uma estratégia de muito sucesso, mas não é a nossa. 

90% do que construímos é impulsionado pelo que os clientes nos pedem e os outros 10% são coisas que eles não nos pediram diretamente, mas tentamos ler nas entrelinhas e inventamos para eles.

Além disso somos pioneiros. A maioria das grandes empresas de tecnologia perdeu o desejo de inventar.  Eles compram a maior parte de sua inovação o que é uma estratégia que pode funcionar, mas não é a nossa.

Gostamos de contratar inventores que analisam as experiências ruins dos clientes e, em seguida, descobrem como reinventá-las.

Um grande exemplo de cliente que, assim como a AWS, ama a cultura de se reinventar, é o Nubank. Estando 100% com a AWS, a empresa consome produtos como o CloudFormation que, segundo as palavras do CTO Edward Wible, permite fazer uma nova versão do Nubank várias vezes por mês, substituindo a versão mais antiga. Ainda segundo ele, o produto possibilita mudar e refinar a infraestrutura inteira sem expor os clientes. Então, de uma perspectiva comercial, a nuvem simplifica as coisas.

Para finalizar, somos orientados para o longo prazo. Nossa equipe não aparece na porta dos clientes só no final do ano para fechar uma venda e bater sua meta para depois desaparecerem novamente.

Estamos tentando construir relacionamentos e um negócio que dure mais do que todos nós. 

Ser parceira da empresa pioneira na nuvem que tem o maior portfólio, a maior comunidade e que não precisa ter que consertar produtos adquiridos é muito atraente.

 

Existe um volume significativo de empresas que ainda não migraram para a nuvem? Ou o foco atualmente estaria mais centralizado em modernização de aplicações?

Sim existe algumas empresas que ainda não migraram para a nuvem, mas nos últimos anos vimos uma adoção massiva de serviços da nuvem em todo o planeta por empresas de praticamente todos os tamanhos e todas as indústrias por uma série de razões:

A 1a razão é custo. Com a cloud, não é necessário que o cliente invista na compra de servidores e data centers e em vez disso ele só paga pelos serviços de TI que consumirem como uma despesa variável e sob demanda, não fixa antecipada.

Pela escala da AWS essa despesa é inferior ao que praticamente todas as empresas conseguiriam por si só e trabalhamos constantemente para aumentar nossa eficiência operacional e repassarmos preços mais baixos a nossos clientes. Inclusive, já baixamos os nossos preços mais de 80 vezes desde o lançamento da AWS em 2006. Por exemplo, a Dow Jones economizou 100 milhões de dólares em custos de infraestrutura tecnológica ao migrar para a AWS. Portanto, o custo é quase sempre o início da conversa, mas a razão número um que leva as empresas a mudarem para a cloud é a agilidade com que podem alterar a experiência dos seus clientes.

Um servidor demora tipicamente 10 a 12 semanas para ficar pronto e as vezes até mais tempo depois os clientes ainda tem que implementar o software para gerir essa infraestrutura como computação, armazenamento, base de dados, machine learning e analytics por exemplo.

Na cloud da AWS, é possível modernizar suas aplicações utilizando mais de 175 serviços em milhares de servidores em minutos, serviços esses que tem dezenas de milhares de soluções integradas. Isso é realmente atraente e por isso a AWS cresce tão rápido.

Fred Santoro é Head de Startups da Amazon Web Services Brasil. Há mais de 15 anos, Fred Santoro atua como Executivo de Vendas e Desenvolvimento de Negócios de empresas de tecnologias que atendem milhões de pessoas além de ter empreendido em startups premiadas internacionalmente.

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